O MEDO E A RESPONSABILIDADE DO EXECUTIVO NA VOLTA AO ESCRITÓRIO

By in
O MEDO E A RESPONSABILIDADE DO EXECUTIVO NA VOLTA AO ESCRITÓRIO

Texto publicado originalmente no LinkedIn.

No filme “O menino na bolha de plástico” (1), John Travolta é um jovem que nasceu com uma deficiência imunológica que não o permite entrar em contato com outras pessoas ou morrerá, por não ter anticorpos.

Lembrei-me deste filme porque algumas pessoas, ao retornarem para seus ambientes de trabalho, estão tão inseguras quanto John Travolta no filme.

Afinal, como assegurar que não seremos contaminados se voltarmos à vida como era antes da pandemia?

Uma pessoa com esta indagação sabe que a resposta envolve incertezas e inseguranças. Portanto, motivos para ter medo.

A INTENÇÃO POSITIVA DO MEDO

Entretanto, o que não ocorre para a maioria é que nossas emoções podem ser excelentes indicadores do que fazer para lidar com a realidade.

O problema é quando elas extrapolam certos níveis e nos tornam disfuncionais.

Você, como executivo, terá de lidar com isso em si mesmo e auxiliar seus liderados a fazerem o mesmo.

Descobrir a intenção positiva da emoção negativa é um bom começo.

Toda emoção negativa possui uma intenção positiva que, por vezes, a pessoa não consegue expressar.

O medo nada mais é do que nossa intenção de nos auto protegermos.

Quem poderia ser contrário a isso?

Portanto, faça e contribua para a segurança de todos criando ambientes que articulem os 4 “D”s que mencionei em meu artigo “Home office, escritório híbrido ou tradicional” (2).

Ou seja:

Se a sala possui uma Densidade muito grande de profissionais, é bom avaliar a necessidade de tantas pessoas presentes a uma reunião.

Uma coisa boa nisso tudo é perceber que encurtar a Duração das reuniões é um fator de segurança – quem sabe finalmente conseguimos convencer com este argumento a certos indivíduos a não serem prolixos.

Ao observar as Dimensões da sala, certifique-se que não apenas a largura e o comprimento dela permite o distanciamento das pessoas, mas a altura também tem de ser levada em conta – afinal, o que queremos é diluir a presença do vírus no ar.

Justamente por isso, todos são responsáveis por manter as janelas abertas tanto quanto possível, pois o ambiente com o Deslocamento de ar adequado permanece arejado e dispersa o vírus.

Mas, se o medo nos permite fazer ações para nos auto protegermos, cuidado com os exageros.

OPINIÕES PARA TODOS

Existem duas maneiras básicas de se manter uma pessoa na ignorância:

a)      Omitir informações dela

b)     Inundá-la com informações

Hoje, o mundo utiliza ambas simultaneamente.

O apreço que se tem pela opinião dos outros fez com que nos esquecêssemos de que o que realmente importa é a verdade.

Dá um trabalho enorme para encontrá-la e ela é filha do tempo – de um longo tempo.

Mas, seguramente, a verdade não é o meio termo entre uma mentira e a própria verdade. Assim como a bondade não é um meio termo entre ela e a maldade.

Portanto, mais importante do que respeitar as opiniões, como executivos temos de nos ater à realidade dos fatos e usar os números como auxiliares.

Entretanto, vejo com preocupação executivos olharem fatos e dados a partir de jornalistas.

O problema disso é que há opiniões para todos. Por exemplo: procure descobrir se é correto ou não o uso de máscaras de pano para se proteger do vírus.

Você vai encontrar artigos na imprensa que confirmam o “sim” e o “não”. Ou seja, todos têm argumentos “sólidos” para defender ambas as opiniões. Em geral, vence quem grita mais alto ou por mais tempo.

Embora o público tenha apreço por eles, jornalistas não são qualificados para selecionar as melhores fontes e dados para a tomada de decisão de um executivo.

Você terá de fazer sua própria pesquisa em fontes mais qualificadas.

Já que estamos no LinkedIn, recomendo que acompanhe as postagens do virologista Geert Vanden Bossche – https://www.linkedin.com/in/geertvandenbossche/

Mas, adianto, não espere fast food em termos de informações, você terá de se interessar em ler e ponderar sobre os alertas e profundo conhecimento que ele compartilha.

PARA FICAR FORTE, VOCÊ AUMENTA O PESO QUE LEVANTA

Voltando aos exageros, nosso sistema imunológico funciona pela troca contínua de germes entre nós. Falando assim parece algo indesejável não? Mas, chamar apertos de mão, abraços, beijos e nosso contato íntimo de “troca contínua de germes” é o mesmo que chamar sashimi de “peixe morto servido frio com molho de soja”.

Do mesmo modo que ninguém fica mais forte levantando pesos cada vez menores, também ninguém fortalece seu sistema imunológico não o expondo às demais pessoas.

Portanto, cuidado com os exageros e paulatinamente mostre e converse com as pessoas que elas não precisam exceder-se na sua autoproteção a ponto de transformá-la em uma psicopatologia.

DECISÕES ESTRATÉGICAS

Enquanto o experimento com as novas vacinas não for concluído, leve em conta as informações desconhecidas.

Vejo com grande preocupação empresas forçarem, direta ou veladamente, seus funcionários a tomarem vacinas.

Mesmo que você não tenha apreço pela Constituição, que não permite isto, o fato é que estrategicamente este é um risco enorme.

Os efeitos colaterais da vacina, no longo prazo, são totalmente desconhecidos e um executivo tem de levar isto em conta ao decidir.

Por exemplo, a vacina da dengue mostrou-se problemática ao constatarem após anos – alguns artigos falam em dois e outros em cinco anos – que ela é responsável por aumentar a incidência de dengue hemorrágica em certas populações – uma doença muito mais letal. (3)

Imagine você se todo o corpo de diretores da empresa tomar a vacina e descobrir daqui a 2 ou 5 anos efeitos adversos que afetem sua capacidade de trabalho – ou seja, efeitos incapacitantes ou mesmo letais?

Tenho a mesma preocupação quando penso nas forças armadas, de segurança e nos profissionais de saúde.

Portanto, aceite que há informações desconhecidas que você tem de levar estrategicamente em conta ao decidir.

O NOVO NORMAL

O novo normal é desejar e fazer um esforço necessário, persistente e inabalável de voltarmos ao normal.

Não consigo imaginar nossas crianças, por medo de se contaminarem, não viverem experiências que nós vivenciamos com nossos amigos de infância, nossos familiares e amores.

Não sei o que toda essa pressão por um comportamento homogêneo causou na psique e no desenvolvimento de novas gerações, mas temos o dever de ensiná-las os encantos da vida e que a morte física não deve ser temida, mas a morte eterna.

Felizmente, tenho visto que, nos ambientes de trabalho, as pessoas até tentam, mas o afeto ainda fala mais alto na hora do encontro.

Do mesmo modo que o protagonista de John Travolta, no filme que mencionei no início do texto, sonha em respirar o ar fora de sua bolha, todos nós temos o direito e a obrigação moral de propiciar às novas gerações a possibilidade de viverem livres e sem medos exagerados.

E, com muita responsabilidade e conhecimento da verdade, podemos começar a fazer isso com nosso ambiente de trabalho.

(Spoiler: ele consegue.)

Conte comigo para o seu desenvolvimento como executivo.

Vamos em frente!

Silvio Celestino

Sócio-diretor da Alliance Coaching

https://www.silviocelestino.com.br

silvio.celestino@alliancecoaching.com.br

WhatsApp (11) 98259-8536

(1)   https://www.cineplayers.com/filmes/o-menino-da-bolha-de-plastico

(2)   https://www.linkedin.com/pulse/home-office-escrit%C3%B3rio-h%C3%ADbrido-ou-tradicional-silvio-celestino/

(3)   https://www.aboutfarma.com.br/secaodesktop/saude/185/estudo-sugere-que-vacina-contra-a-dengue-pode-aumentar-casos-graves-da-doenca