ÁUDIO: O EXECUTIVO
Ou seja, ele pretende continuar a trabalhar por mais uma década.
Sua decisão joga um balde de água fria na idéia de aposentadoria tradicional.
Enquanto muitos sonham com uma praia e um drink aos 60, Arnault planeja mais 10 anos no comando.
E você, já parou para pensar até quando quer estar no jogo?
Esta decisão não é tão incomum quanto as pessoas pensam.
Eu mesmo, no começo de minha carreira de coach executivo, há cerca de 20 anos, treinei três herdeiros que estavam na reta final de sua preparação para assumirem os negócios da família.
Entretanto, quando o momento realmente chegou, o pai revelou que, apesar de estar com mais de 70 anos, não pretendia se aposentar.
O resultado final foi que os três resolveram cada um montar o seu negócio.
Também vemos exemplos na Berkshire Hathaway, com Warren Buffett aos 94 anos e executivos com mais de 70 no comando da empresa.
Portanto, não se trata de excentricidade.
Mas, sem dúvida, é um convite para refletirmos sobre o que significa ser executivo hoje — e amanhã.
Algumas lições que podemos tirar dessa escolha:
💡 A CARREIRA NÃO TEM DATA DE VALIDADE FIXA
Arnault desafia o roteiro clássico: trabalhar duro, acumular riqueza e sair de cena. Aos 76, ele não só lidera a LVMH como prepara seus filhos para a sucessão, mostrando que propósito e legado podem estender a vida profissional. No Brasil, onde a expectativa de vida cresce e a aposentadoria muitas vezes chega cedo demais, será que estamos prontos para repensar o “fim da linha”?
A LONGEVIDADE EXIGE PREPARO
Não é só querer ficar no comando até os 85 — é preciso poder. Arnault não chegou onde está por acaso. Saúde, atualização constante e uma rede sólida de confiança (inclusive familiar) são os pilares que o sustentam. Para o executivo atual, isso significa investir em fatores relevantes de sua musculatura executiva com o mesmo zelo que dedica aos de sua empresa: corpo em dia, mente afiada e sã, conhecimento verdadeiro e relações que resistam ao tempo.
🔑 SUCESSÃO É UMA ESTRATÉGIA, NÃO IMPROVISAÇÃO
A presença dos filhos de Arnault na LVMH não é coincidência. Ele está construindo um império que sobreviva a ele — e isso exige visão de longo prazo.
Quantos de nós, no calor das metas trimestrais, paramos para planejar quem vai carregar nosso legado, seja na empresa ou na vida?
Na verdade, tenho dificuldade com executivos que, mesmo em início de carreira, não possuem a consciência ou relutam em formar o número 2 e não compreendem que esta é uma condição básica para serem promovidos.
O JOGO MUDOU E VOCÊ PODE MUDÁ-LO TAMBÉM
O fato é que o jogo mudou e você precisa se transformar também.
Vivemos mais e trabalhamos diferente. A tecnologia nos mantém conectados, a experiência ganha valor com o tempo e o “unretirement” — isto é, voltar ao trabalho após uma pausa — já é considerada uma tendência global.
Arnault nos lembra que a idade ideal para se aposentar não é um número no calendário, mas uma escolha pessoal.
Olhando para frente, quando eu chegar aos 65, eu penso – ou pensava – em desacelerar. Ele, aos 76, quer mais 10 anos.
E você, onde se vê?
Bem, na verdade, confesso que não pretendo parar de trabalhar, mas fazê-lo até o fim de meus dias se tiver consciência e condições para isso.
A lição final é bem simples: o futuro da sua carreira não está escrito.
Seja aos 65, 85 ou além, o que importa é como você se prepara para jogar — e com quem. Bernard Arnault está redefinindo as regras. Talvez seja hora de redefinirmos as nossas.
Conte comigo para isso e vamos em frente!
Silvio Celestino – Advisor
Sócio-diretor da Alliance Coaching
Autor do livro: O LÍDER TRANSFORMADOR, como transformar pessoas em líderes
silvio.celestino@alliancecoaching.com.br
P.S.1. Se você é diretor ou gerente e gostaria de aumentar sua musculatura executiva para ser cada vez mais um executivo classe internacional, entre em contato conosco. Nossos programas de coaching executivo, mentoria, palestras e seminários de liderança estratégica podem contribuir muito com você e os resultados da empresa. Ligue para nós!
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