PÁSCOA E O ALÍVIO DO EXECUTIVO ENTRE A CRISTANDADE E A MODERNIDADE

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PÁSCOA E O ALÍVIO DO EXECUTIVO ENTRE A CRISTANDADE E A MODERNIDADE

ÁUDIO: O EXECUTIVO

INTRODUÇÃO

Neste texto especial de Páscoa, convido você a uma reflexão profunda sobre o papel da fé em nossas vidas, especialmente no exigente mundo corporativo.

A partir de uma experiência cotidiana, explorarei como a religiosidade, em particular a fé católica de todos os tempos, pode oferecer respostas ao vazio existencial que muitos enfrentam, mesmo em meio ao sucesso profissional.

Com uma perspectiva ancorada na esperança da Ressurreição, este texto é um convite a todos – católicos ou não – para repensar o que realmente dá sentido à nossa jornada.

Entretanto, peço licença para, ao fim da semana mais importante do ano, dirigir-me com mais atenção aos executivos católicos.

Que esta Páscoa seja um momento de renovação e inspiração!

Boa leitura e uma Santa Páscoa!

O RESPEITO HUMANO INDEVIDO

Começo falando sobre o respeito humano indevido:

Em 2019, durante um café da manhã em um hotel na Costa Rica, presenciei uma cena que marcou minha reflexão sobre a religiosidade no mundo corporativo.

Um jovem executivo local, ao sentar-se para sua refeição, hesitou por um instante, fitando a comida. Com um olhar tímido e um gesto rápido, fez o sinal da cruz antes de comer, visivelmente constrangido por expressar sua fé em público.

Esse episódio revela uma realidade incômoda: a religião, especialmente a fé católica, tornou-se quase um tabu no ambiente executivo.

Muitos associam a religiosidade a algo ultrapassado, incompatível com a sofisticação e o dinamismo do moderno mundo dos negócios.

Contudo, essa visão reflete uma crise mais profunda, que opõe a modernidade à essência da Cristandade.

A BUSCA PELA FELICIDADE: MODERNIDADE VERSUS CRISTANDADE

Tanto a Cristandade quanto a modernidade concordam que o ser humano busca a felicidade.

A diferença está no caminho.

A modernidade prega que a felicidade reside no prazer imediato, nas conquistas materiais e nas experiências sensoriais do “aqui e agora”, descartando a preocupação com a vida futura.

Já a Cristandade sabe e ensina que a verdadeira felicidade só é alcançada quando a alma encontra Deus, e que a vida terrena é uma passagem cujo sentido pleno está em conduzir ao Céu.

Os executivos, com acesso a recursos abundantes, são particularmente suscetíveis às promessas da modernidade.

Não é raro que, ao buscar a realização em prazeres e ambições, caiam em excessos, negligenciando Deus e a vida eterna.

Muitos, no entanto, chegam a um ponto de inflexão.

Como mentor, já ouvi de diversos profissionais a confissão de que, apesar de terem “tudo”, sentem um vazio inexplicável.

Um deles me relatou sua perplexidade ao perceber que invejava outros que possuíam exatamente o mesmo que ele. Essa inquietação, felizmente, pôde levar à compreensão de que o problema não era psicológico ou clínico, mas espiritual.

O DESAFIO DA VERDADEIRA FÉ CATÓLICA

A partir daqui, novamente peço licença a meus leitores para me dirigir somente aos executivos católicos para falar um pouco de como chegamos aqui em uma síntese incompleta da história.

Vivemos um tempo em que a fé católica verdadeira – aquela anterior ao Concílio Vaticano II – enfrenta desafios sem precedentes.

Por cinco séculos, a Igreja Católica foi alvo de uma campanha difamatória, um projeto conhecido como “chuva negra”, formado de incontáveis livros de mentiras e calúnias que buscou desacreditar sua doutrina e história.

Quando isso não bastou, em meados do século XIX, nossos detratores ampliaram a estratégia, infiltrando-se sorrateiramente em grande quantidade na própria Igreja para transformá-la de dentro para fora.

No início do século XX, a primeira tentativa de culminar a infiltração foi frustrada com a rejeição do Cardeal Rampolla ao papado em 1903, graças à intervenção do imperador austríaco. Esse ato, porém, custou caro: a Áustria, último império católico verdadeiro, foi destruída na Primeira Guerra Mundial.

Com o caminho livre, o plano culminou com o Cardeal Roncalli, que, como “Papa” João XXIII, convocou o Concílio Vaticano II.

Desde então, a Igreja entrou em um “eclipse”, com sua estrutura sendo usada para promover idéias contrárias à Fé Católica de todos os tempos.

Como nos alerta São Paulo: “Se alguém, mesmo um anjo do céu, pregar um evangelho diferente, que seja anátema” (Gálatas 1:8).

Nos últimos anos, vozes corajosas como as do Cardeal Carlo Maria Viganò, Monsenhor Merardo Loya, das Irmãs Clarissas de Belorado e Orduña, de Frei Tiago de São José e de Padre Wagner Alves de Almeida têm denunciado esse desvio, enfrentando perseguições implacáveis.

No Brasil, a situação é gravíssima: durante a Quaresma, um “bispo” admitiu abertamente que a Campanha da Fraternidade se baseia na teologia da libertação, uma ideologia incompatível com a doutrina católica.

A ESPERANÇA NA PÁSCOA

Apesar dessas trevas, a promessa de Cristo ressoa: “As portas do inferno não prevalecerão” (Mateus 16:18).

A verdadeira Igreja, Una, Santa, católica e Apostólica, permanece viva, ainda que eclipsada por um “astro colossal de mentiras”. E, como em uma noite muito escura, as estrelas da fé brilham com mais intensidade.

São os clérigos fiéis que, sob sacrifícios, injustiças e sofrimentos terríveis, principalmente morais, mantêm a chama da verdadeira doutrina, a exemplo de Nosso Senhor.

Nesta Páscoa, celebramos a Ressurreição de Cristo, um lembrete de que a vida terrena só encontra sentido no cumprimento da promessa da vida eterna.

Que a Igreja verdadeira, hoje presente nos templos vivos desses clérigos perseguidos, ressurja com vigor, alcançando as almas sedentas de verdade – incluindo as dos executivos que, como muitos, buscam a voz de Nosso Senhor: a voz da verdade.

Portanto, quem o faz, jamais pode ter vergonha de ser católico. Principalmente quando percebe que é essa voz sublime o remédio para a angústia provocada pela satisfação das vaidades – tão presente no mundo executivo.

Que esta Páscoa nos fortaleça para permanecermos firmes na fé católica de sempre, confiantes de que todas as lágrimas serão enxutas e que a Cristandade prevalecerá sobre as ilusões de um mundo em crise.

Uma Santa e Abençoada Páscoa a todos os católicos!

Vamos em frente!

Silvio Celestino – Advisor

Sócio-diretor da Alliance Coaching

Autor do livro: O LÍDER TRANSFORMADOR, como transformar pessoas em líderes

silvio.celestino@alliancecoaching.com.br

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