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Quais mudanças ocorrerão nos próximos 10 anos?
Essa é uma pergunta frequente que Jeff Bezos, fundador da Amazon, tem de responder.
De fato, nos últimos 10 anos, o mundo dos negócios testemunhou várias mudanças significativas, incluindo:
1) A ascensão do trabalho remoto e flexível, acelerada pela pandemia da COVID-19, que transformou as práticas de trabalho e a cultura corporativa.
2) A digitalização e a adoção de tecnologias como inteligência artificial, automação e análise de dados avançada, que remodelaram operações, estratégias de marketing e experiências do cliente.
3) Um foco crescente em sustentabilidade e responsabilidade social corporativa, com empresas priorizando iniciativas verdes e éticas devido à pressão dos consumidores e regulamentações.
Diante dessas constatações, como não imaginar que mudanças constantes e profundas estarão presentes na próxima década?
Mais que isso, como não chegar à conclusão de que devem ser consideradas em planos estratégicos que a todo custo precisam desvendá-las, prever o impacto nas operações e preparar a empresa para elas?
A PERGUNTA QUE NUNCA É FEITA
Entretanto, Bezos responde a essa pergunta de maneira muito educativa para executivos e empreendedores.
Diz ele que, “a pergunta que nunca lhe é feita é: o que não vai mudar nos próximos 10 anos?”
De fato, apesar de todos os avanços da modernidade, um cabide, um lápis ou um clip não parecem deslocados em nosso tempo, apesar da longa história de cada um desses objetos.
Neste sentido, a orientação de Bezos é sintética, compreensível e muito aplicável:
A sua estratégia deve ser baseada naquilo que não muda.
E ele dá o exemplo de que nenhum cliente vai pedir para a Amazon ser mais lenta ou mais cara na próxima década.
Portanto, de fato, o fundamento da estratégia é muito claro quando você foca o que não muda.
EXEMPLOS CLAROS
Fiquei pensando em quantas coisas novas surgiram ao longo do tempo e que foram baseadas naquilo que não mudou, mas que criaram empresas e ecossistemas inteiros enquanto destruíam negócios que não souberam continuar a entregar o necessário para satisfazer o desejo imutável dos clientes, mas de novas formas.
Afinal, as pessoas sempre quiseram contar suas histórias por meio de imagens. Se a fotografia química foi excelente para esse trabalho no passado, os smartphones e as redes sociais articulados fazem-no de maneira mais simples e frequente – sem precisar esperar uma semana, ou uma hora, para que a imagem apareça, ou inúmeros encontros para mostrar a mais amigos.
Também poder tomar café fresquinho a qualquer hora, e sem precisar pedir para ninguém, tornou possível uma máquina como a Nespresso ser desejada em cada escritório.
A conclusão desta pragmática reflexão é que o foco não é acreditar que tudo vai mudar, mas compreender que as demandas imutáveis serão atendidas por ofertas inovadoras.
As pessoas e famílias continuarão a precisar de dinheiro, casa, comida, água, energia, diversão, deslocamento, conhecimento etc.
Assim como as empresas continuarão a demandar fluxo de caixa, energia, clientes, fornecedores, sistemas, líderes …
E o governo continuará a coletar tributos, ter controles, poder… enfim.
Seu negócio e carreira correm perigo não somente quando o consumidor muda; o que é raro, mas quando as maneiras de o atender mudam.
Portanto, construa um bom radar para detectá-las, fique de olho nele e mude de rota sempre que as condições exigirem.
E, é claro, sempre que possível, seja aquele que desenvolverá as novas maneiras de atender aos clientes.
Deste modo você chegará com segurança ao seu destino e ajudará outros a fazerem o mesmo.
Conte comigo para isso e vamos em frente!
Silvio Celestino
Sócio-diretor da Alliance Coaching
Autor do livro: O LÍDER TRANSFORMADOR, como transformar pessoas em líderes
silvio.celestino@alliancecoaching.com.br