Áudio: O EXECUTIVO
Na quinta-feira, assisti a um meme no qual três funcionários em uma linha de montagem trabalhavam lado a lado quando, de repente, surge o gerente caminhando atrás deles com uma carta na mão. Ele, de colete azul e gravata vermelha, vai até o funcionário mais à esquerda e lhe entrega a carta. O funcionário lê que se trata de sua de demissão e sai de seu posto visivelmente frustrado.
Em seguida, um robô, vem caminhando e ocupa o lugar dele. O robô cumprimenta os demais funcionários e começa a trabalhar.
Novamente, o gerente surge e entrega uma segunda carta de demissão ao funcionário mais à direita que, decepcionado, também se retira.
Vem o segundo robô e assume seu posto.
O último funcionário da linha trabalha nervosamente entre os dois robôs, já esperando por seu destino fatal, quando chega a sua hora: um robô de colete e gravata vermelha entrega a ele a carta de demissão e, após sua saída, dá um tapinha nas costas dos dois robôs operários.
Este meme, é simultaneamente um alerta ao fato de que a Inteligência Artificial pode resultar na demissão de funcionários de áreas estratégicas, e introduz a situação atual na qual alguns analistas concluem que o ambiente de trabalho está sendo propositalmente tornado pior para fazer com que os funcionários se demitam.
É o chamado silent firing – isto é, a demissão silenciosa.
A PRESSÃO POR INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
No cenário atual das grandes corporações, este fenômeno – “silent firing” – emerge como um desafio significativo, especialmente devido às crescentes pressões para a adoção da inteligência artificial. Este problema é relevante, pois afeta diretamente o moral da equipe, a retenção de talentos e, consequentemente, a saúde organizacional. Em um ambiente onde o trabalho se torna um campo minado de dificuldades, o impacto na produtividade e inovação é inevitável.
Executivos enfrentando essa realidade muitas vezes se sentem entre a cruz e a espada.
Eles se preocupam com a perda de funcionários valiosos, com a deterioração da cultura organizacional e com a própria sobrevivência em um mercado que exige resultado e inovação. A causa fundamental deste problema reside na necessidade imperativa das empresas demonstrarem retorno sobre investimentos em IA, o que frequentemente leva à automação e à consequente redução de pessoal, nem sempre de maneira estruturada.
LIDERANÇA TRANSFORMADORA HUMANIZADA
A solução para este dilema é uma “Liderança Transformadora Humanizada”, cuja proposta é um enfoque estratégico e humano para transformar paulatinamente o ambiente de trabalho.
Esta perspectiva envolve um passo a passo claro:
Avaliação Transparente: isto é, realizar uma análise honesta das capacidades atuais da equipe e das necessidades futuras em termos de habilidades para lidar com a inovação, especialmente a IA.
Comunicação Clara e Aberta: ou seja, estabelecer canais de comunicação onde as preocupações dos funcionários possam ser ouvidas e discutidas sem medo de represálias.
Investimento em Desenvolvimento: oferecer treinamentos e workshops focados em habilidades que complementem a automação, como criatividade, pensamento crítico e resolução de problemas que envolvem articulações com outros departamentos, lidar com comportamento humano e as emoções.
Reforço da Cultura Organizacional: fortalecer os valores e a missão da empresa para que todos os colaboradores se sintam parte de um objetivo comum. Afinal princípios não podem ser negociáveis em acordo com a tecnologia e a necessidade de fazer frente à competição.
Mentoria e Coaching executivo: incentivar o desenvolvimento pessoal dos executivos e da equipe através de programas de mentoria e coaching, promovendo uma cultura de crescimento contínuo. Principalmente a mentoria interna é um excelente recurso para que potenciais gestores compreendam o contexto e os problemas da empresa e possam alinhar com seus desejos de carreira.
É claro que primeiro os executivos que serão os mentores devem ser preparados para esse papel para saberem exatamente o que fazer nas reuniões de mentoria.
PRESERVAR O CAPITAL HUMANO
Ao adotarem essa solução os executivos não apenas preservam o capital humano, mas também preparam a organização para uma adaptação bem-sucedida às novas tecnologias.
Além disso, é decepcionante imaginar, em pleno século XXI e após tantos estudos, reflexões e conclusões sobre as melhores práticas de liderança, que empresas ainda adotem esquemas para forçar um funcionário a se demitir porque querem reduzir o quadro da maneira mais econômica possível. Embora eu seja um severo crítico do excesso de direitos trabalhistas, é moralmente inaceitável que líderes conduzam um processo tão importante quanto a redução de quadros dessa forma.
Afinal, uma liderança sabe que o respeito e os rituais nesses momentos preservam o moral dos que ficam.
Além disso, a condução eficaz nestes eventos críticos ajuda a diminuir os impactos no bem-estar dos funcionários e tende a criar um ambiente de trabalho mais coeso e aberto à inovação.
PROSPERIDADE E INOVAÇÃO
Não basta imaginar um mundo onde as empresas sobrevivem e prosperam na era da IA, sem sacrificar seus talentos. Temos de tornar esta imagem algo concreto, e isso exige muito esforço de auto-desenvolvimento e dos líderes abraçarem genuinamente suas responsabilidades pelas pessoas em articulação com a velocidade requerida pelo negócio.
Solucionar este problema contribui para um ambiente de trabalho mais justo e equilibrado, onde o desenvolvimento humano caminha lado a lado com o progresso tecnológico.
Em resumo, a chave está no autodesenvolvimento dos executivos, que, ao adotarem a “Liderança Transformadora Humanizada”, não apenas se tornam capazes de lidar com os desafios atuais, mas também de inspirar suas equipes a superarem qualquer obstáculo. Afinal, o verdadeiro poder de uma organização reside em seu capital humano, e é esse poder que devemos cultivar.
Conte comigo para isso e vamos em frente!
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Silvio Celestino
Sócio-diretor da Alliance Coaching
Autor do livro: O LÍDER TRANSFORMADOR, como transformar pessoas em líderes