A paz de espírito é de ouro

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A paz de espírito é de ouro

“Dê-me o controle da moeda e eu não me preocuparei com quem fará as leis” – Mayer Amschel Rothschild (*)

O fim da paz

O ano de 1913 foi o último ano de paz antes da I Guerra Mundial. Também foi o ano que tirou a paz de todos nós com a criação do Banco Central Americano – Federal Reserve (FED) – e do imposto de renda.

Esta decisão do presidente americano Woodrow Wilson iniciou um processo que condenou à depreciação o dólar e as moedas dos demais países.

E nos condenou a todos à escravidão.

O fim do lastro das moedas

Até o ano de 1913, o mundo usava como lastro das moedas o ouro. Uma nota de dinheiro nada mais era que um instrumento jurídico que dava ao seu portador o direito de reclamar a quantidade de ouro nela expressa no balcão de um banco.

Era um mecanismo simples de compreender pelo homem comum.

Com o advento do banco central, o governo já não se preocupa mais em coletar tributos para ter dinheiro. O que ele faz é gerar dívidas por um mecanismo perverso: a emissão de títulos lastreado por tributos.

Um governo que se endivida até o infinito

Assim, quando o governo federal precisa de moeda, ele simplesmente emite um título via tesouro nacional com o valor que ele precisa acrescido de juros. Este título é o lastro da moeda, que é uma espécie de cheque emitido pelo banco central e que o governo recebe e faz circular na economia ao pagar fornecedores, funcionários públicos e aposentados.

Sim, esta nota que você tem na carteira é um cheque sem fundos – pois o banco central o emitiu sem ter fundos, caso você não tenha percebido.

Ou seja, temos um cheque (moeda), que é garantido por um título (uma duplicata), que será paga no futuro por este mesmo cheque retirado da população via Imposto de Renda.

Entretanto, quando este ciclo termina, a moeda que foi utilizada para saldar o título sai de circulação e, portanto, para continuarmos a ter moeda na economia, o governo tem de emitir um novo título. E assim o ciclo se repete.

Cada vez que isto acontece, os juros se acumulam e, portanto, nunca haverá quantidade de moeda suficiente para pagar a dívida. Isto é, a próxima emissão de títulos terá de produzir sempre mais cheques sem fundos, digo, moeda, para que o sistema todo funcione até que entre em colapso – como sempre acontece com moedas fiduciárias. Quem viveu no Brasil no fim dos anos 80 e começo dos 90 sabe a que me refiro.

Uma moeda complexa, confusa e ilusória

Este mecanismo é extremamente complexo, confuso e ilusório. Complexo porque esconde a operação de gerar moeda sem lastro em ativos reais que é substituída a cada vencimento de títulos do governo. Confuso porque se parece com aquele jogo de bola escondida no copo que enganadores fazem nas feiras, pois é muito difícil entender como um cheque pode ser lastreado em uma duplicata que será paga pelo próprio cheque no futuro mais novas duplicatas. E ilusório porque nunca a moeda tem um lastro físico seguro e que, na eventualidade de uma crise, jamais valerá zero – coisa que aconteceu algumas vezes no Brasil e em vários países do mundo como Hungria, Alemanha e atualmente em Zimbábue e na Venezuela.

Argentina está na fila.

Quando lastreado pelo ouro, a moeda passa a ser dinheiro e, uma vez ganha, se estabiliza. Afinal, se for trocada por uma moeda de ouro não dependerá de mais nenhum trabalho a ser feito e não corre nenhum risco de valer zero.

A importância do dinheiro ter um lastro real

O dinheiro é o ativo mais importante em uma economia porque está presente na metade de uma transação. Se estiver em excesso, ou se movendo de um indivíduo a outro com muita velocidade, as pessoas o exigirão em maior quantidade para aceitá-lo como meio de troca. A quantidade fixa de ouro na natureza faz dele um elemento ideal como dinheiro. Ele é portátil divisível, durável, fungível e qualificado desde tempos imemoriais como meio de troca e de conta.

É estável – tanto quanto o dinheiro pode ser.

Quando vejo a enorme perda de tempo das pessoas com especialistas e assessores financeiros na tentativa exasperante de entender fundos de investimentos, instrumentos financeiros e outros mecanismos que possam proteger seu poder de compra, concluo que somente o ouro pode trazer a paz que tanto desejam.

Foi isto que aconteceu ao longo de 5.000 anos de história e é isto que deverá acontecer novamente.

O retorno à liberdade… e à paz

O capitalismo somente existe com mercados livres e se não há liberdade para o indivíduo escolher sua moeda, não podemos falar em capitalismo. Está na hora de terminarmos este experimento com moedas fiduciárias.

O ouro como lastro do dinheiro é a paz que todos procuram.

(*) Este ditado é atribuído à Mayer Amschell Rothschild, mas não existe uma fonte primária que confirme quando e em que situação ele a pronunciou