Áudio: O EXECUTIVO
Um executivo se lamentava para mim, nesta semana, de que teria de demitir 30% de seus profissionais por baixo desempenho.
Com uma equipe eclética, enfrentava o seguinte dilema: extremamente pressionado por resultados de um lado e uma equipe com baixa tolerância à pressão, do outro.
No limite, pediu ao presidente para fazer as demissões já que seus profissionais ao serem cobrados de um simples prazo, no dia seguinte, reclamavam de problemas físicos e dois dias depois apareciam com um atestado médico de afastamento por 15 dias pelos motivos mais diversos.
CHECKLIST
Em primeiro lugar, como mentor, fiz um checklist de como estava fazendo o follow-up e o feedback. Ele é um executivo experiente e, modéstia à parte, teve um bom coach. Portanto, sabia como orientar seus profissionais com as melhores práticas.
Em segundo lugar, perguntei se a equipe tinha todos os recursos para a execução das tarefas, incluindo treinamento e o tempo necessário.
Os números mostravam até uma certa gordura para a quantidade de projetos em andamento.
Por último, perguntei sobre o relacionamento com os demais departamentos e o clima organizacional.
A resposta era visível inclusive nas paredes da empresa que possui selos e reconhecimento como um bom lugar para trabalhar.
PRESSÃO PRIMEIRO, BEM-ESTAR DEPOIS
Quando olhávamos para o tipo de reclamação dos profissionais era evidente que havia uma inversão do tempo.
Eles queriam o bem-estar primeiro para trabalhar bem depois.
Embora o sacrifício esteja fora de moda, a realidade é que primeiro vem o trabalho nas condições possíveis e somente após o bom resultado dele, se acontecer, é que podemos ter melhores condições.
Quando a empresa não está vendendo o necessário e o caixa está em declínio, o que se espera é que todos sejam capazes de aguentar a pressão até que a situação melhore.
É assim nas famílias, é assim nas empresas.
ENTREGAR 90% NÃO VAI RESOLVER O PROBLEMA
Se a companhia está indo mal e as pessoas começam a entregar 90 ou 80% do que está sendo cobrado é evidente que as coisas só vão piorar.
Sempre me intrigou o fato de que muitos profissionais não fazem o pensamento reverso em relação ao seu comportamento.
Por exemplo, imagine o que aconteceria se a empresa pagasse somente 90% do salário do profissional no fim do mês. Provavelmente ele teria muita energia, proatividade e protagonismo para reclamar.
Então, porque ele acha justo a empresa aguentar a pressão e pagar 100% do salário dele quando entrega somente 90% do que lhe é pedido?
É claro que o profissional sempre pode sair da empresa quando não aguenta o volume e o ritmo de trabalho. Entretanto, se a empresa lhe dá todas as condições, inclusive treinamentos frequentes, e ainda assim não performa, é o caso de refletir se está na profissão mais adequada à sua natureza.
OS MELHORES SÃO OS MAIS SACRIFICADOS
O que acontece nas empresas é que a baixa performance de uns sempre será compensada pelo alto desempenho dos bons.
É a velha máxima: se você trabalha bem, sempre lhe será dado mais trabalho. Inclusive para fazer essa compensação.
Mas, as empresas, para evitar esse problema, precisam entender que, quando se pede diversidade em sua equipe, ela deve ocorrer entre aqueles que entregam o que é esperado. Não faz sentido esperar que a diversidade por si só produza resultados positivos.
Por mais que bancos e governos a favoreçam por meio de recursos financeiros, quando a empresa estiver em dificuldade precisará dos melhores independentemente de suas características.
Esperar que maus marinheiros salvem o navio em meio à tormenta é planejar o naufrágio.
Como mencionei no artigo anterior, todas as mazelas do país desembocam nas empresas. Se as famílias e as universidades entregam maus profissionais com problemas psicológicos e comportamentais de toda natureza, é evidente que as empresas sofrerão mais para entregar seus resultados.
Para isso, terão de investir mais no treinamento e fazer uso de tecnologias para depender cada vez menos deles. Isso é bom para os profissionais de excelência, mas é um enorme sinal vermelho para aqueles que não amadurecerem e chegarem à conclusão de que a vida adulta é feita de sacrifícios, erros, retrocessos e muita, mas muita perseverança.
Como o executivo me disse em nossa conversa: “acho que está faltando boleto para pagar para essa gente”.
De fato, a maturidade não é bem o que os jovens imaginam, mas é importante salientar que a árvore que dá bons frutos é a árvore madura.
Saibamos ter paciência, compreensão e apoiar aqueles que precisam de ajuda para ter desempenho. Mas, sejamos justos na hora de avaliar para que compensemos adequadamente aqueles que de fato entregam e jogam para a empresa ganhar.
São eles os profissionais de verdadeiro valor e que sabem que suas carreiras serão vitoriosas quando a empresa for campeã.
Conte comigo para isso e vamos em frente!
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Silvio Celestino
Sócio-diretor da Alliance Coaching
Autor do livro: O LÍDER TRANSFORMADOR, como transformar pessoas em líderes
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